09/09/2024
O medo do escuro é comum entre crianças, mas quando se torna persistente e intenso pode evoluir para a nictofobia, uma fobia que causa ansiedade e pânico em situações de escuridão. Para ajudar a criança a superar a fobia do escuro, é importante criar um ambiente de confiança e oferecer abordagens que gradualmente diminuam o medo. “É essencial que os pais compreendam os medos das crianças, oferecendo apoio e estratégias que promovam segurança”, orienta Cleunice Fernandes, coordenadora geral do Colégio Alternativo, de Sinop (MT).
Diferenciar o medo natural do escuro da nictofobia é o primeiro passo. O medo é uma reação normal em crianças pequenas, que tende a desaparecer com o tempo. Já a nictofobia provoca sintomas físicos como tremores, suor e palpitações, afetando a qualidade de vida da criança. Essa diferença é crucial para adotar a melhor abordagem de apoio.
A identificação dos sinais de nictofobia exige atenção dos pais. Recusar-se a dormir sozinha, necessidade constante de luz acesa e ansiedade extrema em ambientes escuros são indicativos de que o medo comum evoluiu para uma fobia. Cleunice Fernandes reforça que “ouvir a criança sem julgamentos e validando seus sentimentos é essencial para que ela se sinta compreendida e acolhida.”
Superar a nictofobia é um processo gradual. Uma das estratégias mais eficazes é permitir que a criança se familiarize com a escuridão aos poucos, como deixar uma luz noturna acesa ou acompanhar a criança até que se sinta segura para dormir. Criar histórias positivas e usar atividades que envolvam pouca luz, como ler com um abajur, são formas lúdicas de desmistificar o medo.
A validação dos sentimentos da criança é essencial; minimizar o medo só reforça a sensação de insegurança. Criar um ambiente seguro, com apoio constante, ajuda a construir uma relação mais positiva com o escuro. Evitar exposições bruscas à escuridão é fundamental, pois forçar a criança a enfrentar o medo de forma repentina pode intensificar a fobia.
Em casos mais graves, buscar ajuda profissional pode ser necessário. A terapia cognitivo-comportamental é uma das abordagens mais indicadas para tratar fobias específicas, ajudando a criança a lidar com o medo de maneira saudável e progressiva.
Lidar com a fobia do escuro é um desafio que exige paciência e empatia dos pais e educadores. Com o suporte adequado, a criança pode superar gradualmente seus medos, ganhando confiança e segurança para enfrentar a escuridão sem pânico. Assim, ela poderá se desenvolver de forma equilibrada, sem que o medo limite suas experiências diárias.
Para saber mais sobre fobia, visite https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Comportamento/noticia/2021/08/o-que-e-nictofobia-5-pontos-para-entender-o-medo-do-escuro.html e https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Comportamento/noticia/2013/09/seu-filho-tem-medo-do-escuro.html