06/09/2024
A seletividade alimentar é um comportamento comum na infância, caracterizado pela recusa constante em experimentar novos alimentos e a preferência por um repertório restrito e repetitivo de comidas. Esse padrão pode causar impactos significativos no desenvolvimento das crianças, afetando tanto a nutrição quanto o bem-estar social e emocional. Crianças seletivas frequentemente rejeitam uma variedade de alimentos, limitando sua ingestão de nutrientes essenciais como vitaminas e minerais, o que pode comprometer seu crescimento saudável.
Esse comportamento não se restringe apenas à alimentação e também influencia a vida social da criança. Muitas vezes, crianças seletivas evitam participar de atividades que envolvem comida, como festas e passeios, por receio de enfrentar alimentos desconhecidos. Essa aversão pode levar a situações de isolamento social e ansiedade.
A seletividade alimentar pode ter diversas causas, incluindo experiências sensoriais negativas com alimentos, fatores genéticos e históricos de desconforto digestivo, como refluxo ou alergias. Crianças que tiveram experiências dolorosas ao comer podem desenvolver aversão à comida, evitando novos sabores e texturas. A introdução precoce de alimentos complementares e a interrupção do aleitamento materno também são fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da seletividade.
Identificar a seletividade alimentar é o primeiro passo para lidar com o problema. Entre os sinais comuns estão a recusa de muitos alimentos, o consumo repetitivo de um pequeno número de comidas e a relutância em experimentar novos sabores. Esses comportamentos podem levar a deficiências nutricionais que afetam o desenvolvimento cognitivo, físico e imunológico da criança, deixando-a mais suscetível a doenças.
O tratamento da seletividade alimentar requer uma abordagem interdisciplinar que envolva nutricionistas, psicólogos e outros profissionais de saúde. Estratégias como criar um ambiente positivo durante as refeições, envolver a criança no preparo dos alimentos e estabelecer rotinas alimentares consistentes podem ajudar a ampliar o repertório alimentar. "O apoio emocional e a paciência dos pais são fundamentais para que a criança se sinta segura ao experimentar novos alimentos, transformando as refeições em momentos agradáveis", destaca Cleunice Fernandes, coordenadora geral do Colégio Alternativo, de Sinop (MT).
Ao criar um ambiente tranquilo e encorajador, é possível diminuir a ansiedade associada à alimentação e promover uma relação mais saudável com a comida. Com o suporte adequado, as crianças podem superar a seletividade alimentar, garantindo um desenvolvimento equilibrado e uma melhor qualidade de vida.
Para saber mais sobre seletividade alimentar, visite https://www.educarenutrir.com.br/blog/16/seletividade-alimentar-na-infancia-como-tratar e https://www.ipgs.com.br/seletividade-e-neofobia-alimentar-na-infancia/