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O papel da vitamina D no equilíbrio do corpo e na saúde das crianças

Vitamina D: essencial para crescimento e imunidade

17/10/2025

A vitamina D é um dos nutrientes mais importantes para o bom funcionamento do organismo. Ela participa de processos vitais que envolvem o fortalecimento dos ossos, a regulação do sistema imunológico e o desempenho muscular. Apesar de ser chamada de vitamina, trata-se, na verdade, de um pró-hormônio, produzido principalmente pela pele quando exposta à luz solar.

Cerca de 90% da vitamina D que o corpo utiliza é sintetizada pelo contato com o sol. O restante vem da alimentação, por meio de peixes gordurosos, ovos, leite e derivados. Essa dependência da luz natural explica por que tantas pessoas — inclusive crianças e adolescentes — apresentam níveis insuficientes, especialmente em períodos de pouca exposição solar.

 

Função da vitamina D no organismo

A principal função da vitamina D é auxiliar na absorção do cálcio e do fósforo, minerais que garantem a formação e a manutenção dos ossos e dentes. Quando o corpo não tem níveis adequados desse nutriente, o aproveitamento do cálcio diminui, o que compromete o crescimento saudável e a resistência óssea.

Além do papel estrutural, a vitamina D também participa da regulação do sistema imunológico, contribuindo para a defesa natural do organismo contra vírus e bactérias. Em crianças e adolescentes, a deficiência pode resultar em maior frequência de infecções respiratórias e menor capacidade de recuperação.

“Manter bons níveis de vitamina D é essencial para que o organismo funcione de forma equilibrada e resistente”, afirma Cleunice Fernandes, coordenadora geral do Colégio Alternativo, de Sinop (MT). Segundo ela, o tema deve ser tratado com atenção pelos pais, já que o estilo de vida moderno tem limitado o contato com a luz natural.

 

Causas e consequências da deficiência

A falta de vitamina D pode ser causada por diversos fatores. O mais comum é a pouca exposição ao sol, consequência da rotina em ambientes fechados. Crianças que passam muito tempo em casa, em escolas com pouca área aberta ou em atividades internas tendem a produzir menos vitamina D.

A alimentação também influencia. Embora existam alimentos ricos nesse nutriente, eles geralmente não fazem parte da dieta cotidiana das famílias brasileiras. O consumo insuficiente de peixes de água fria, como salmão e atum, ou de produtos como ovos e laticínios, reduz a oferta do nutriente.

Os efeitos da carência podem ser sérios. Em crianças pequenas, o problema pode causar raquitismo — doença que afeta o crescimento e provoca deformidades nos ossos. Em adolescentes e adultos, o déficit de vitamina D está associado à perda de massa óssea, aumento do risco de fraturas e maior predisposição à osteoporose.

Além dos efeitos físicos, pesquisas indicam relação entre baixos níveis do nutriente e alterações de humor, cansaço e dificuldade de concentração. Isso acontece porque a vitamina D também atua em áreas do cérebro ligadas ao bem-estar e à energia.

 

Vitamina D e o sistema imunológico

A presença adequada de vitamina D fortalece as barreiras de defesa do corpo. Ela estimula a produção de proteínas antimicrobianas que ajudam a combater microrganismos invasores, como vírus e bactérias. Por isso, a deficiência pode aumentar a vulnerabilidade a gripes, resfriados e infecções respiratórias.

Durante o crescimento, esse papel é ainda mais importante. Um sistema imunológico equilibrado ajuda a reduzir afastamentos escolares por doenças e favorece o desenvolvimento físico e mental. Segundo Cleunice Fernandes, o conhecimento sobre a importância da vitamina D pode mudar hábitos familiares: “A exposição ao sol, quando feita com cuidado, é uma forma simples e natural de preservar a saúde e garantir energia para o dia a dia.”

 

Fontes e exposição solar segura

A maneira mais eficiente de obter vitamina D é por meio da luz solar. A pele, ao ser exposta aos raios ultravioleta, produz naturalmente o nutriente. Em geral, recomenda-se que crianças e adolescentes tenham contato com o sol por cerca de 15 a 30 minutos diários, nos horários seguros — antes das 10h da manhã ou após as 16h.

O tempo ideal pode variar conforme o tom de pele, a região e a estação do ano. Em locais com alta incidência solar, como Sinop, bastam alguns minutos de exposição diária. No entanto, nos meses mais frios ou em dias nublados, a produção tende a diminuir, o que pode justificar a suplementação sob orientação médica.

A alimentação também deve ser observada. Ovos, fígado, leite e alguns tipos de peixes são boas fontes de vitamina D, mas, isoladamente, dificilmente suprem toda a necessidade diária. Por isso, em alguns casos, o médico pode recomendar o uso de suplementos em gotas ou cápsulas.

 

Suplementação e cuidados necessários

A suplementação deve ser sempre orientada por um profissional de saúde. O excesso de vitamina D pode causar efeitos indesejados, como aumento excessivo de cálcio no sangue, dores abdominais e problemas renais. Por isso, é importante que pais e responsáveis evitem o uso sem prescrição.

Em 2024, a Sociedade Brasileira de Pediatria reforçou a recomendação do uso preventivo do nutriente em crianças e adolescentes, especialmente nas regiões com menor incidência de sol. A proposta é evitar deficiências silenciosas que podem comprometer o crescimento e a imunidade.

No caso de crianças que passam boa parte do dia em áreas externas, a suplementação contínua pode não ser necessária. Já em períodos de inverno ou em rotinas com pouca exposição solar, a reposição temporária é uma medida segura para equilibrar os níveis da vitamina.

 

Relação com outras funções do corpo

Além de fortalecer ossos e imunidade, a vitamina D também participa de funções metabólicas e hormonais. Ela contribui para o equilíbrio da pressão arterial, o funcionamento do coração e a regulação da insulina, o que ajuda na prevenção de doenças crônicas no futuro.

Estudos recentes apontam que o nutriente pode influenciar até o humor e o desempenho cognitivo. A deficiência, por outro lado, está associada a sensação de cansaço, dificuldade de concentração e alterações emocionais. Embora esses efeitos sejam mais perceptíveis em adultos, manter níveis adequados desde a infância ajuda a garantir um desenvolvimento mais saudável e equilibrado.

 

Importância da conscientização familiar

O cuidado com a vitamina D começa em casa. É fundamental que as famílias incentivem hábitos saudáveis, como brincar ao ar livre, aproveitar o sol da manhã e manter uma alimentação variada. Essas atitudes simples têm grande impacto na saúde a longo prazo.

Cuidar da exposição solar das crianças também envolve responsabilidade. O uso de protetor solar é indispensável em horários de maior intensidade dos raios, mas nos períodos mais seguros do dia o corpo pode ser exposto por alguns minutos sem o produto, para permitir a síntese natural da vitamina.

A vitamina D é indispensável para o desenvolvimento físico, a imunidade e o equilíbrio emocional. Produzida pelo sol e complementada pela alimentação, ela garante que o organismo funcione de maneira plena em todas as fases da vida. O estilo de vida moderno, com menos tempo ao ar livre e dietas cada vez mais industrializadas, exige atenção redobrada dos pais e educadores.

Para saber mais sobre vitamina D, visite https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2024/12/20/vitamina-d-sociedade-brasileira-de-pediatria-passa-a-recomendar-suplementacao-para-criancas-e-adolescentes.ghtml e https://www.tuasaude.com/para-que-serve-a-vitamina-d/


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