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13/10/2025
O Colégio Alternativo de Sinop viveu um momento especial e cheio de significado. Como parte do projeto “Na ginga da capoeira”, os alunos receberam a visita do grupo Aruan e participaram de uma atividade que uniu música, movimento, história e cultura. Mais do que uma aula diferente, foi uma experiência que motivou, encantou e fez os olhos das crianças brilharem do começo ao fim.
A capoeira, expressão genuinamente brasileira que mistura dança, luta, canto e tradição, tomou conta do espaço escolar e dos corações dos estudantes. Com entusiasmo e curiosidade, eles mergulharam nesse universo tão rico, aprendendo com o corpo, com o som e com as histórias contadas e vividas ali mesmo.
As atividades de capoeira foram conduzidas por Maurício Aparecido da Silva, professor, mestre de capoeira e pai de três alunos do Colégio Alternativo. Sua presença tornou a vivência ainda mais significativa, parceria que reforça o quanto aproximar família e escola inspira conexões verdadeiras e aprendizagens que marcam.
Logo que os instrumentos começaram a soar, os olhares atentos das crianças se voltaram para o grupo que se apresentava. O som do berimbau ecoou e era impossível não sentir a vibração dos instrumentos marcando o ritmo da roda de capoeira que se formava.
As crianças bateram palmas no ritmo da música, cantaram os refrões que aprenderam ali mesmo e, como se estivessem ensaiando há dias, muitos se levantaram para experimentar os primeiros passos ensinados pelo professor. Ginga pra lá, ginga pra cá… e um sorriso no rosto de cada um. Era visível o encantamento.
Esse encontro com a capoeira foi também um encontro com as raízes do Brasil. E essa vivência, tão sensível e verdadeira, mostrou às crianças que a história pode ser contada e sentida de várias formas.
A prática da capoeira trouxe uma proposta pedagógica viva, que vai além do conteúdo tradicional. Ela promove o respeito mútuo, a escuta ativa, o trabalho em grupo e o reconhecimento da importância da cultura afro-brasileira na formação da nossa identidade. E foi exatamente isso que se viu no Colégio Alternativo: alunos participativos e abertos a aprender com tudo o que estavam vivenciando.
O ambiente foi tomado por uma energia boa. As crianças se aproximavam para observar de perto os instrumentos, faziam perguntas curiosas e queriam entender cada detalhe.
Quando o estudante se vê como parte do que está sendo ensinado, o conteúdo ganha sentido. E quando ele sente orgulho da própria cultura, aprende a respeitar todas as histórias. A capoeira, com sua musicalidade e seus movimentos, mexe com o corpo, mas também mexe com a mente. Ela inspira amizades, promove integração e abre caminhos para pensar o mundo de forma mais justa e humana.
No Colégio Alternativo de Sinop, a educação acontece na troca entre pessoas, na vivência de experiências significativas e no reconhecimento da diversidade como parte essencial da formação de cada criança.
Ao trazer a capoeira para dentro da escola, o projeto “Na ginga da capoeira” cumpriu um papel fundamental: mostrou que ensinar cultura é também ensinar pertencimento.
Ver os olhos brilhando, o entusiasmo sincero e a vontade de aprender é a maior recompensa para uma escola que acredita na educação integral — aquela que forma para a vida, para a empatia, para o respeito e para a convivência.