21/02/2025
O uso constante de celulares e outros dispositivos eletrônicos tem se tornado uma preocupação crescente entre pais e educadores. A nomofobia, termo que vem da expressão inglesa "no mobile phone phobia", refere-se ao medo irracional de ficar sem o celular. Esse comportamento compulsivo pode impactar a saúde emocional e interferir no rendimento escolar, principalmente entre os adolescentes. A dependência digital é um fenômeno preocupante e exige atenção para que o uso da tecnologia ocorra de maneira equilibrada.
Estudos mostram que o uso excessivo do celular estimula a liberação de dopamina, substância responsável pela sensação de prazer e recompensa. Quanto mais tempo o indivíduo passa conectado, mais seu cérebro se habitua a essa gratificação imediata, dificultando a interrupção do hábito. "A nomofobia tem um impacto direto na rotina dos estudantes, comprometendo a concentração, a qualidade do sono e até mesmo o convívio social", afirma Cleunice Fernandes, coordenadora geral do Colégio Alternativo, de Sinop (MT).
Os adolescentes são os mais vulneráveis a esse tipo de dependência. Durante essa fase, o cérebro ainda está em desenvolvimento e mais suscetível a comportamentos impulsivos. O celular se tornou uma ferramenta essencial para socialização, seja por meio de redes sociais, jogos ou aplicativos de mensagens. Esse cenário foi intensificado pela pandemia de COVID-19, que ampliou a necessidade do uso digital para estudo e entretenimento, criando hábitos que persistem até hoje.
Os sinais de nomofobia podem ser sutis no início, mas se tornam mais evidentes com o tempo. Ansiedade extrema ao ficar sem o celular, necessidade constante de checar notificações, dificuldade em se concentrar sem interrupções digitais e irritação quando o dispositivo está fora de alcance são alguns dos sintomas mais comuns. O uso prolongado antes de dormir também pode prejudicar a qualidade do sono, comprometendo o rendimento acadêmico no dia seguinte.
Os impactos da nomofobia no aprendizado são preocupantes. Estudos indicam que a simples presença do celular no ambiente de estudo já reduz a capacidade de concentração e memorização. Além disso, a dependência do mundo virtual pode comprometer as interações sociais presenciais, essenciais para o desenvolvimento pessoal e profissional. "É fundamental que pais e educadores incentivem hábitos saudáveis no uso da tecnologia, estabelecendo regras e promovendo momentos livres de telas", ressalta Cleunice Fernandes.
Para ajudar adolescentes a manter um uso equilibrado do celular, algumas estratégias são eficazes. Criar períodos específicos para o uso do dispositivo, evitar telas antes de dormir, incentivar atividades offline como esportes e leituras e estabelecer espaços livres de tecnologia dentro de casa são atitudes que contribuem para a redução da dependência digital. Além disso, o exemplo dos pais faz toda a diferença. Se os adultos reduzem o tempo de tela, os filhos tendem a seguir esse comportamento.
Quando os sintomas da nomofobia afetam significativamente a rotina do adolescente, pode ser necessário buscar apoio profissional. Psicólogos e terapeutas podem auxiliar na reeducação digital e no controle da ansiedade relacionada à dependência do celular. O equilíbrio entre o mundo virtual e o real é essencial para o bem-estar e o desenvolvimento saudável dos jovens. Para saber mais sobre Nomofobia, visite https://www.em.com.br/app/noticia/educacao/2023/03/17/internas_educacao,1470225/nomofobia-o-que-e-e-por-que-prejudica-tanto-criancas-e-jovens.shtml e https://lunetas.com.br/nomofobia-vicio-celular/